A SERRA E AS MINAS... CENTRO DE INTERPRETAÇÃO DA ARGEMELA

VER MAIS
A TERRA E AS GENTES... CENTRO DE INTERPRETAÇÃO DA ARGEMELA

VER MAIS
O RIO E AS MARGENS... CENTRO DE INTERPRETAÇÃO DA ARGEMELA

O contributo do Rio Zêzere
VER MAIS
O som da Aldeia...
Reportagem RTP - Portugal em Direto - 25/04/2022
Centro de Interpretação da Argemela
Ver Reportagem

O RIO E AS MARGENS

Elemento corográfico marcante, o rio Zêzere é determinante nos modos de vida, na economia e na história do Barco.

A TERRA E AS GENTES

Com origens remotas e encaixada no sopé da serra da Argemela, a terra tem um ar plácido e acolhedor. Os habitantes, os barquenses, são gente de bem com muitos sinais de antigos mineiros e agricultores e marcas recentes da emigração.

A SERRA E AS MINAS

Da lenda à arqueologia, da geologia à exploração mineira – contributos sobre a Argemela e as minas da Argemela.
A Serra da Argemela
e as Minas…

Arcaz de lendas e sinais de antiga ocupação humana, a Serra da Argemela eleva-se a 756 metros com rochas essencialmente granitoides vindas à superfície há centenas de milhões de anos. Com esses granitos formaram-se rochas de natureza filoniana com elevadas concentrações de estanho, contidas na cassiterite, objeto principal da exploração das minas da Argemela, nos meados do século passado. Estudos recentes apontam para a ocorrência de concentrações de lítio.

O Rio Zêzere
e a sua importância
para as gentes…

Remansoso no Verão, o Zêzere abunda no Inverno enfortecendo os lodeiros de onde saía o milho para a broa, o pão de cada dia. Tocar a roda cabia a homens de ceroulas, equilibrados na frágil estrutura de pinho ou salgueiro. Tocar a barca era para barqueiros rijos, encortiçados pelos rigores do tempo e pelos humores do rio. A vida fazia-se com o rio sempre no meio: do lado de cá, a casa, a igreja, os poucos pertences. Do outro lado, a fazenda, o alqueive, o olival, o carvalhal. Vencia-se o rio no Inverno, comia-se do rio no Verão.

O Barco e o seu Povo…

Aldeia bucólica com uma esplêndida paisagem, ao longo da margem direita do Rio Zêzere, foi durante muitos anos porto fixo, com alvará, para travessia de pessoas e bens, entre margens do rio, ganhando daí o seu nome. Há vestígios de ocupação humana, datados da Idade do Bronze, na Serra da Argemela. Rica em minerais, a serra foi explorada ao longo do tempo e existem por isso grutas, minas e valas nas suas encostas.

Terra de gente simples, maioritariamente trabalhadores do campo, artesãos do linho e do barro, manteve-se isolada durante séculos, criando hábitos e costumes, cantares e estórias que revelam a dureza da vida e o bairrismo do povo.

Instalações do Centro de Interpretação da Argemela

SlideShow

Música dos Pífaros   |  Barco 1972   |  Michel Giacometti

SOBRE O CENTRO DE INTERPRETAÇÃO

Espaço de mostra, consulta e arquivo de conteúdos diversos sobre a Serra da Argemela, o Rio Zêzere e a Freguesia de Barco. Da geologia, à arqueologia, à história; da geografia à mineralogia, o Centro de Interpretação disponibiliza milhares de itens.

A NOSSA MISSÃO

Evitar o apagão da memória histórica da Freguesia do Barco e das suas relações com a Serra da Argemela e do Rio Zêzere. Levantar conteúdos, integrá-los e enquadrá-los para acesso público no local ou nos meios remotos digitais.

AS NOSSAS COMPETÊNCIAS
Conhecimento
95%
Divulgação
85%
Memória
70%
Comunidade
65%
OS NOSSOS VALORES...

etnografia

Os usos e costumes do povo…

ruralidade

Agricultura de subsistência nas margens do rio Zêzere…

arqueologia

A composição arqueológica da área…

pesca

A pesca artesanal no rio Zêzere

religião

As personalidades religiosas da Aldeia…

tradições

As características enraizadas do povo…

origens

As estórias que fazem a história…

mineralogia

A minas na origem da Aldeia…

cultura

A cultura autoctone das gentes…

autenticidade

O povo e as suas conquistas…

0

FICHEIROS

Que poderá consultar no nosso arquivo…
0

VISITAS

Visitas pessoais, turísticas e de estudo…
0

TESTEMUNHOS

As memórias de um povo com orgulho das suas tradições…

O QUE FAZEMOS

RECOLHA ETNOGRÁFICA

ARQUIVO HISTÓRICO

PREOCUPAÇÃO AMBIENTAL

TESTEMUNHOS DE VISITAS

  • "Este é espaço curioso tanto pelos elementos presentes na exposição, como nas temáticas abordadas"
    Carina LucasCarina Lucas

VENHA VISITAR-NOS

ARGEMELA! Um monte de surpresas especialmente para si!

Um Centro de Interpretação da Argemela, com validade científica e modernidade ao nível da exposição e animação

Objetivos

Com a proposta apresentada a Arpaz pretende dotar o edifício com um novo uso, restituindo-lhe funcionalidade: um Centro Interpretativo da Argemela. Este centro inclui, entre outras, atividades de investigação, inventariação, documentação, conservação, interpretação e exposição de diversos bens culturais, nomeadamente etnográficos, históricos, técnicos, e.t.c, relacionados com as rotas do Volfrâmio durante a Segunda Guerra Mundial, conferindo a esta iniciativa fins lúdicos e educativos a bem dos cidadãos.
Um Centro de Interpretação da Argemela, com validade científica e modernidade ao nível da exposição e animação, pode tornar-se em mais um fator de promoção da autoestima dos habitantes e gerar sinergias de emprego e aumentar a escala dos equipamentos concelhios e próximos já disponíveis, na região, a turistas e visitantes: o centro interpretativo da cereja, o museu do queijo, o centro interpretativo do bombo, o centro interpretativo do barro. Além disso, será um valioso contributo para a estratégia de dar visibilidade e valorização à Rota Europeia das Minas de Volfrâmio Abandonadas.

Intervenção

Na freguesia do Barco, que hoje parece definhar irremediavelmente, seja pela diminuição e envelhecimento da população, seja pela ausência prática de atividades económicas significativas, há registos, documentos e memória histórica de um tempo diferente. Um tempo a que corresponderam décadas de extração febril de minério (volframite e cassitrite, v.g.,), por um processo local único, “O Salta e Pilha” (ou seja extrações não autorizadas, feitas durante a noite, em filões) e em duas explorações mineiras legalizadas (A Companhia Inglesa, na serra da argemela, e a Companhia Alemã).
O processo inclui uma característica que, por si só, merece ser coligida, sistematizada, documentada e interpretada. Essa característica é o facto de na mesma aldeia coexistiram, durante o período anterior à Segunda Guerra Mundial e até ao fim da Guerra da Coreia, duas área mineiras, à vista uma da outra, separadas por cerca de dois quilómetros, e que as autoridades do Estado Novo autorizavam, numa política dúbia de neutralidade ou germanofilia.
Esse tempo, os anos 40, 50 e 60 do século passado, é também o do auge populacional e da produção dos signos musicais, da memória local, da evolução dos usos e costumes e da arquitetura local.
É a interpretação atualizada desse período, por processos audiovisuais e mediatizados, que pode servir de renovador não só de espaços e edifícios da Aldeia, como das tradições e da história.

Aldeia do Barco